viernes, 19 de agosto de 2022

A Eisenmann do Brasil: Em breve, Pentanov

 Recentemente, o mercado foi surpreendido com uma boa notícia: a Pentanova, empresa global, com sede na Áustria, especializada em automação, adquiriu as plantas da Eisenmann pelo mundo, incluindo a do Brasil. No fim de 2019, a empresa, de origem alemã, declarou insolvência, mas já desde 2018, a unidade brasileira vinha com uma restruturação, conseguindo se manter no mercado nacional. “Este foi um desafio fantástico: manter a empresa no Brasil e encontrar uma solução para a sua sobrevivência. As portas estavam fechadas para os negócios e, no meio do caminho, tivemos a pandemia. A grande depressão do mercado, com os investimentos totalmente paralisados, foram momentos muito desafiadores. Conseguimos, contudo, superar as dificuldades e encontramos um novo acionista: a Pentanova. Diferente de tudo aquilo que eu vivenciei, mas incrivelmente recompensador”, explica o CEO, Alexandre Coelho. 

A Eisenmann do Brasil possui fábrica em Cruzeiro, SP, uma planta, de pintura industrial e de fluxo, premiada – entre as láureas, o troféu Volkswagen e o Mercedes-Benz, como melhor fornecedor e excelência em serviços, respectivamente. Focada na indústria automotiva, a companhia vê o mercado mudar, com novas possiblidades, agora com a força da Pentanova. “Com a aquisição pela Pentanova, o mercado automobilístico está se reabrindo para a nossa empresa. Hoje temos potencial para atender o mundo inteiro. Além da China, visualizamos a possibilidade de entrar no mercado americano ainda neste ano. Além disso, o agronegócio no Brasil continua a todo vapor e percebemos claramente uma mudança de patamar tecnológico para o segmento de máquinas agrícolas, o que cria oportunidades. Nosso crescimento resultará da soma desses fatores: o retorno para o mercado automobilístico, a possibilidade de avançar no mercado internacional e a apuração do mercado agrícola, caminhando para um novo patamar tecnológico”, explica Coelho. 

O executivo, que continua no comando com a nova gestão, teve sua carreira pautada no segmento automotivo, começando pela General Motors e, posteriormente, auxiliando na implantação da fábrica da Peugeot no Brasil, trabalhando também na França. Atuou ainda na Volkswagen, culminando na Eisenmann, onde, em 2019, se tornou Diretor Geral; agora CEO da unidade brasileira junto à Pentanova. É com ele que iremos conversar para conhecer todos os detalhes da aquisição da empresa austríaca e as novas diretrizes para o mercado brasileiro, onde a companhia pretende investir até R$ 15 milhões e crescer 20% só em 2022; como? Você vai saber agora. 

Parque fabril da Eisenmann, em Cruzeiro-SP

 

 Além da aquisição pela Pentanova, quais são as principais novidades da Eisenmann no Brasil? 

Estamos entrando em novos mercados com nossos produtos. Existem desenvolvimentos internos de novas tecnologias, principalmente na parte de software. Estamos alinhados com a indústria 4.0 e consolidando este processo.

 Quais foram as principais ações que levaram a empresa a se reestruturar e garantir sua recuperação em 2021? 

A reestruturação teve início em 2018, a partir de uma visão direcionada ao aumento da produtividade e melhoria da competitividade. Quando a matriz declarou a insolvência e, logo na sequência, enfrentamos a pandemia, já havíamos começado a executar as ações de saneamento da empresa, reduzindo custos, eliminando o desperdício e processos que não adicionavam valor. Revisamos todos os nossos processos e, em 2021, fechamos um projeto grande com o Grupo Jacto. Tudo isso possibilitou a continuidade da trajetória de recuperação da empresa e, claramente, preparou a venda da empresa. O novo momento é, portanto, o resultado de um trabalho iniciado há três anos.

 A estimativa de crescerem 20% em 2022 está se confirmado? Qual área está sendo responsável para elevar o faturamento? 

Com a aquisição pela Pentanova, o mercado automobilístico está se reabrindo para a nossa empresa. Hoje temos potencial para atender o mundo inteiro. Além da China, visualizamos a possibilidade de entrar no mercado americano ainda neste ano. Além disso, o agronegócio no Brasil continua a todo vapor e percebemos claramente uma mudança de patamar tecnológico para o segmento de máquinas agrícolas, o que cria oportunidades. Nosso crescimento resultará da soma desses fatores: o retorno para o mercado automobilístico, a possibilidade de avançar no mercado internacional e a apuração do mercado agrícola, caminhando para um novo patamar tecnológico. 

 Qual o potencial do segmento agro para vocês, em que área desse setor pretendem focar os seus esforços? 

Buscamos os equipamentos agrícolas que tenham maior valor agregado, com o perfil para nossa tecnologia, ou seja, grandes empresas e produtoras de maquinários agrícolas, como as multinacionais John Deere, CNH, AGCO, Caterpillar, e grandes empresas nacionais, como a Jacto e a Stara, que atuam nesse mercado. Além disso, há empresas de transporte rodoviário e, agora, também ferroviário, como Randon, Librelato, Noma, entre outras menores desse setor. Também estamos atentos à parte de silos agrícolas. Observamos que o produtor rural, que antes colocava o produto da safra diretamente no caminhão e mandava para o porto ou para a indústria, está desenvolvendo uma cultura do armazenamento A demanda por silos no Brasil, assim, está aumentando trazendo novas oportunidades. 

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